Não era uma maneira encorajadora de iniciar uma conversa. Alice retrucou, bastante timidamente: “Eu — eu não sei muito bem, Senhora, no presente momento — pelo menos eu sei quem eu era quando levantei esta manhã, mas acho que tenho mudado muitas vezes desde então.
“O que você quer dizer com isso?”, perguntou a Lagarta severamente. “Explique-se!”
“Eu não posso explicar-me, eu receio, Senhora”, respondeu Alice, “porque eu não sou eu mesma, vê?”
“Eu não vejo”, retomou a Lagarta.
“Eu receio que não posso colocar isso mais claramente”, Alice replicou bem polidamente, “porque eu mesma não consigo entender, para começo de conversa, e ter tantos tamanhos diferentes em um dia é muito confuso.”
(Alice no País das Maravilhas, do Lewis Carroll)
Escolhi este texto para minha primeira postagem no blog. Confesso, "roubei" ele da minha Professora/Psicóloga/Psicanalista Ana Suy Sesarino, uma pessoa que admiro muito.
O texto me chama a atenção, pois é uma pergunta que sempre me faço. "Quem é você". Eu mesma, nunca sei quem sou eu. Você nunca consegue conhecer por completo a si próprio.
O texto me chama a atenção, pois é uma pergunta que sempre me faço. "Quem é você". Eu mesma, nunca sei quem sou eu. Você nunca consegue conhecer por completo a si próprio.
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